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Mostrando postagens de outubro, 2019

Recomeço

Recomeço As horas vivenciadas naquele trabalho infernal consumiam-me, diariamente, os últimos sopros de humanidade que eu imaginava possuir. Tudo o que ali existia representava soma das piores e mais desprezíveis realidades mundanas. Um verdadeiro núcleo de obscuridade e negatividade. Os problemas amontoavam-se por todos os lados. A falsidade das pessoas impregnava as paredes com seu elixir venenoso e pegajoso enquanto os pensamentos deletérios espalhavam-se por todos os cômodos como doença epidêmica das mais vorazes. Eram assim os meus dias. Era com esse cenário asqueroso em mente que eu despertava dia após dia. Torcia, desejava, rezava pela ocorrência de um milagre a me restituir o tempo perdido naquele antro de podridão, a me ressarcir a vida desperdiçada em meio a papéis, canetas, mesas, etiquetas e processos. Encarar a fachada daquela edificação todos os dias era como encarar o corredor da morte. Era como penetrar numa câmara mortuária com o gás mais letal do universo a me so

Soneto Minha Dulcinéia

Soneto Minha Dulcinéia Todas as noites deparo-me com o teu semblante Tua nítida imagem me domina triunfante Absorto entre pensamentos, emoções e desejos Cerro meus olhos a idealizar os teus beijos Tal como o fidalgo cavaleiro esguio e andante Percorro o mundo numa busca incessante Enfrentando moinhos gigantes num campo de flores Declaro-te, minha Dulcinéia, o maior dos meus amores Ao lado dos fiéis Rocinante e Sancho Pança Supero desafios venturosos mantendo a esperança De alcançar o teu destino longínquo e incerto As vitórias obtidas contra as ameaças que enfrento Renovam-me a fé de prosseguir com o meu intento Na certeza de que me receberás de coração aberto Garbo Nael

Estrela Guia

Estrela guia Sendo as constelações os guias mestres de qualquer aventureiro navegante Declaro-te, convictamente, a minha reluzente estrela guia flutuante A me conduzir pelos mares errantes da minha consciência De onde diviso, ao longe, as virtudes mais inacessíveis da minha essência Ao singrar oceanos misteriosos e tempestuosos de toda a sorte Recorro a ti, minha bússola soberana, a me compassar o norte Na esperança de expurgar um viver solitário e obscuro Navego indomável a te buscar e conquistar, meu porto seguro Nem mesmo as noites mais inesperadamente severas e nebulosas São assim tão bravias para ferir-me as intenções corajosas De teu seio alcançar após marear resoluto e com furor Intempérie nenhuma me afastará das praias calmas da tua morada Onde o mar timidamente acaricia a fina areia alva da tua virgem enseada Na qual ancoro minha nau aflita e ferida, ansioso por teus beijos de amor. Garbo Nael

Canarinho

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Olá, prezado autor  Leandro Carvalho Braga , Os seus textos " Amante", " Lençóis"  e  " Travessia"  estão aptos para serem inseridos na Antologia de Poesias, Contos e Crônicas CANARINHO 2019. Ficamos gratos com a sua participação e decisão em somar conosco.
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Informamos que sua poesia AMANTE atende às regras do edital para participar do  VII Prêmio Literário e Antologia "Escritor Marcelo de Oliveira Souza"  e será publicada na Antologia "Escritor Marcelo de Oliveira Souza", editada pelo Celeiro de Escritores.

Um Libreto e Cem Sonetos

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O seu "Soneto da Busca" foi selecionado para a antologia “Um libreto e 100 sonetos” da Cartola Editora. Parabéns!

Prêmio Poesia Agora Inverno

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Parabéns.  A sua poesia DISFARCES foi classificada e fará parte do Livro, “Prêmio Poesia Agora - Inverno 2019" ! 

Coletânea Conjunturas - Dríade Editora

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É com grande satisfação que lhe informamos que o seu conto  “Um Conto de Primavera”,  enviado para a coletânea “ Conjunturas – Crônicas e Contos do Cotidiano” , foi aprovado! Muito bom! Parabéns!

Confissão

Confissão Compor é confessar. É traduzir em palavras tudo aquilo que tu me despertas, arrebatando-me o ser. É tecer em silêncio, mesclando, alinhando, fundindo as delicadas e vigorosas linhas do nosso amor. É mostrar sem timidez o que nos eleva a existência ao patamar mais sublime de amantes verdadeiros. Escrever é gritar em silêncio para o mundo ler sussurando. É registrar na sensível alvura acolhedora do papel um tanto do que sou, do que sinto, desejo e conquisto. Compor é uivar aos quatro ventos as nossas aventuras, fantasias, paixões e a insaciável entrega que nos consome dia a dia. Enfim, é doar um pouco de mim, de ti, de nós. Garbo Nael